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Convocatória de Portugal para o Mundial 2010 - análise & factos

Venho, deste modo, analisar a convocatória de Queiroz para o Mundial 2010, a realizar na África do Sul, nos próximos meses de Junho e Julho, sem nunca procurar denegrir a imagem deste ou daquele atleta, e/ou, do próprio técnico e seus pares adjuntos. Vou procurar apenas ajuizar cada escolha de forma recta e despida de toda e qualquer 'clubite' e emitir algumas alternativas nas 4 posições que formam o esqueleto da equipa.

Começando na baliza...
O professor optou pela chamada óbvia do titular na fase de qualificação, Eduardo, guarda-redes da equipa sensação da Liga Portuguesa, Sporting de Braga. Parece uma escolha acertada, pois é dos melhores guarda-redes portugueses, actualmente. Seguro entre os postes, mas algo temerário nas saídas a cruzamentos ou nas bolas paradas. Para segundo guarda-redes, Queiroz não hesitou em confiar as luvas a Beto, apesar do guarda-redes ser considerado, hoje por hoje, suplente de Hélton no Futebol Clube do Porto. Muito elástico entre os postes, sem medo de sair às pernas dos avançados, afirmo, sem reticências, e atesto a boa escolha do professor. A grande surpresa esteve na chamada de Daniel Fernandes para o cargo de terceiro homem na baliza. Jogador que nem no modesto Bochum teve espaço este ano, tendo sido, por isso, emprestado ao clube grego Iraklis. É, acima de tudo, um guarda-redes 'gigante', característica essa, que hoje em dia não é de suma importância, quando atestamos a qualidade de um qualquer guarda-redes.
Quim e Rui Patrício tinham legítimas aspirações de estarem presentes nesta montra Mundial, mas, o que é facto, é que Queiroz fez as suas escolhas, deixando de fora o guarda redes menos batido (a par de Eduardo) do campeonato português, e uma das maiores esperanças portuguesas para aquela posição específica do terreno de jogo.

Avancemos no terreno de jogo, e falemos da constituição defensiva da equipa das 'Quinas'...
Na lateral direita não existiriam, à priori, grandes dúvidas, e Queiroz confirmou essa tese, com a chamada óbvia de Miguel e de Paulo ferreira. Ambos apresentam vasta experiência internacional, sendo que Paulo Ferreira foi parte integrante do esquema de Ancelotti, no Chelsea (campeão inglês). Em termos técnicos, Miguel partiria com vantagem em relação ao jogador dos Blues, mas parece que o professor optará pela maior frieza mental e profundeza táctica por parte do campeão inglês.
Viremos então a cabeça à esquerda e falemos dos laterais 'canhotos'. Fábio Coentrão teve um justo prémio pela grande campanha individual e colectiva ao serviço do Benfica. O comum mortal colocaria este jogador, de caras, no 11 titular da selecção, mas todos sabemos que Queiroz não deverá obstar de Duda, médio talentoso dos espanhóis do Málaga, mas que na selecção se tem 'quedado' pela lateral esquerda, e, assim, com algumas exibições pouquíssimo conseguidas. A verdade é que ambos são jogadores polivalentes, e podem, então subir no terreno para desempenhar funções no meio campo, ou até na extrema esquerda, no caso do jogador campeão pelo Benfica, na findada época.
A grande surpresa, e espanto de todos, residiu no eixo defensivo, e respectivas escolhas do seleccionador...
São 6 os centrais convocados, mas será certo que um deles sairá quando Queiroz prescindir do 24º elemento, no estágio da Cidade Neve. Se, as escolhas de Bruno Alves, Rolando, Ricardo Carvalho e Pepe (mesmo sendo uma incógnita a sua recuperação) não constituem surpresa na convocatória, já a chamada de Zé Castro e Ricardo Costa, deixou muito boa gente à beira de um ataque de nervos. Ora bem, o valor da dupla de centrais do Porto, de Pepe e de Carvalho é inquestionável, pois julgo até que estaremos perante o melhor quarteto de centrais de todas as selecções presentes no evento africano! Quanto às escolhas de Ricardo Costa, central muito duro, já que em meia época presente nos franceses do Lille, não será, de todo, descabido dizer que foi mais o tempo que passou suspenso do que aquele em que pisou os relvados. Quanto a Zé Castro, é um jogador talentoso, um defesa moderno que, como diria alguém: '..gosta de subir na vida (vulgo terreno de jogo)..', mas que tem alguma carência a níveis fisicos e agressivos, esta última parece ser característica proponderante num central de topo, se verificada no bom sentido. É plausivél que Queiroz abdique de um deles, isto se Pepe recuperar.
As pessoas podem perguntar e confrontar, com justiça, a ausência de Daniel Carriço, central talentoso do Sporting, Fernado Meira, jogador experiente, polivalente (pode jogar a trinco). Nas laterais não existe um enorme espanto, apesar de Rúben Amorim pudesse esperar a convocatória, sobretudo pela sua raça, polivalência e voluntarismo.

Falemos agora do miolo, o sitio onde tudo se constroi, o cérebro/coração de uma equipa...
Na posiçao especifica de trinco ou, se preferirmos, médio defensivo, o professor fez as escolhas esperadas por todos, pois não parecem haver alternativas credíveis a Pedro Mendes ou a Veloso, ambos jogadores do Sporting. Pedro Mendes deverá ser o eleito para a função de 6, isto apesar de ter finalizado a época com claros problemas físicos. Estamos perante um médio consistente, um 'garante' de qualidade, quer a destruir jogo aos criativos adversários, quer como primeiro 'veículo condutor' de jogo, devido à sua capacidade inata de bom passador, e até, de bom rematador. Veloso leva consigo o factor psicológico, de ter sido dos poucos sportinguistas a sair por cima, na terrível época do Sporting. Um jogador claramente melhor a construir do que a defender, daí ser de esperar a opção 'Pedro Mendes' no 11.
Na posição 8, ou, utilizando o termo anglo-saxónico, 'box-to-box', foram eleitos Raúl Meireles e Tiago. Se, a escolha de Meireles é consensual, a de Tiago não o será assim tanto. O médio cedido pela Juventus aos 'colchoneros' fez uma boa parte final de época, mas teve problemas de afirmação no criterioso 'calcio'. Meireles naturalmente titular na selecção, pela qualidade de passe, qualidade de remate, boa técnica.. sendo o único 'senão', a sua falta de maturidade táctica, pois ás vezes parece perdido em campo, como se viu muitas vezes no Porto, este ano. A qualidade de jogo de uma equipa/selecção, depende muito do estado do seu '8', pois é ele o patrão de uma equipa. Esperemos então, um Meireles forte neste Mundial.
Centremo-nos agora na posição que 'outrora' tinha exclamação exponencial, mas hoje em dia tem um grande ponto de interrogação. Para playmakers, Queiroz escolheu Deco e Danny, pelo menos no papel, assim parece. Ora bem, Deco um jogador alheado das luzes da ribalta nos últimos anos. Parece ter lugar cativo no nosso 11, pois assim parece exigir o enorme nome que se lhe lê nas costas. Já não é o jogador em que toda a gente depositava as esperanças nas últimas grandes competições, perdeu fulgor físico, anda desaparecido dos terrenos de jogo, e quando joga, fá-lo a conta gotas no Chelsea. Esperamos todos que Deco reapareça neste Europeu, mas a verdade é que os olhos estão postos noutros jogadores. Danny, jogador do Zenit, pode muito bem ser o 'joker' de Portugal, a utilizar por Queiroz, já que a época na Rússia vai ainda no inicio, e assim, este jogador saltando do banco, pode fazer miséria nas equipas adversárias, pela sua velocidade, imaginação, e poder de 'dribble. Tem a enorme vantagem de poder deambular pelas 3 posições atrás do ponta de lança, algo que Deco já não consegue fazer. A escolha destes 2 jogadores parece acertada por parte de Queiroz. Deco deve assumir lugar na equipa titular, enquanto que Danny pode muitas vezes, assumir quiça um lugar mas nas alas.
Se para a posição de trinco não há dúvidas na concordância das escolhas, já na posição de 8, questiona-se a ausência de João Moutinho. Teve uma época pobre no seu clube, mas foi sempre parte integrante nas convocatórias aquando do apuramento, e ser claramente um grande jogador, que certamente vai fazer falta a grupo de trabalho. Quanto à posiçao 10, ainda era espectável uma possivel chamada de Nuno Assis ou Carlos Martins (fizeram ambos excelentes épocas) que trariam elevada moral à equipa. O professor optou por 'não inventar', dizemos nós.

Por último, focalizamos o último reduto sectorial de uma equipa, o ataque...
A começar nos extremos (não vamos diferenciar esquerda nem direita, uma vez que é óbvio que os extremos trocam de posição ao longo de uma partida, por variadíssimas vezes). Escolhas já esperadas por todos, até pela falta de qualidade que escalões de formação portugueses têm verificado neste sector, ultimamente! Simão, Nani e Cristiano Ronaldo. A dúvida reside sobretudo na questão Simão/Nani. Cabendo ao treinador decidir se aposta na experiência de Simão, ou se decide apostar no maior poder de 'explosão' de Nani. Qualquer opção será boa (não há muitas selecções que se possão gabar de ter 3 extremos da categoria dos nossos. Apostaríamos em Simão, numa fase inicial da competição, pois Queiroz não quererá por as cartas todas em cima da mesa, logo no inicio. Experiências anteriores atestam esta nossa teoria. Mas a ver vamos. É em Cristiano Ronaldo que estão depositadas as esperanças de todos os portugueses, e os holofotes de todo o Mundo estão sobre ele, na mesma medida. Depois de uma época de estreia fulgorante na liga espanhola, é de acreditar que transporte essa forma e moral para a selecção durante o Verão. Apesar de, em 2008 também ter tido uma época recheada no Manchester United, e depois pouco ter demonstrado no Europeu da Áustria/Suiça.
Carlos Queiroz decidiu convocar apenas 2 pontas-de-lança de raiz, Liedson e Hugo Almeida, foram eleitos e ninguém pode chamar incoerente ao professor, pois eram as escolhas espectáveis por todos. Liedson será o titular indíscutivel nessa zona, nem será de crer (mesmo em situaçoes de desespero), que Hugo Almeida se junte a ele muitas vezes, para jogarem em cunha no ataque. Hugo Almeida será sobretudo uma boa opção para as rectas finais dos desafios, pois sendo forte físicamente, ajudará a selecção, quer a defender, quer a atacar, nas bolas paradas.
Makukula, pela época que realiza, ainda, na turquia, Nuno Gomes, pela liderança que transmite e experiência, e Edinho, por motivos de coerênica do técnico, seriam outras escolhas possíveis, a nivel de avançados centro. Varela teria legitimas aspirações, mas teve a infelicidade de contrair uma grave lesão que lhe acabou com o sonho de estar presente na África do Sul.

Foram estas as escolhas de Carlos Queiroz, e a respectiva análise.

Sendo este um blog de benfiquistas, para benfiquistas, faço saber que Benfica é Portugal, Portugal é Benfica. Daí, o teor desta minha crónica. Procurei ser isento ao máximo, pois, como bom português, a partir desta segunda feira que passou, posso dizer que já só tenho a selecção em mente, praticamente.

Peço desculpa pela minha ausência nestas últimas semanas (tinha mais que razões para escrever, e despejar euforia, pela alegria que o nosso Benfica nos deu), mas não foi possivel comentar por motivos aos quais são todos alheios, principalmente, desculpas ao meu caro amigo, Nuno Gil, o grande mentor deste blogue, e um grande camarada!

FORÇA PORTUGAL!!!

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